Os modelos de implantação centralizada de BBU (Baseband Unit) representam uma mudança de paradigma na arquitetura da rede de acesso de rádio (RAN), consolidando os recursos de processamento de banda base em centros de dados centralizados ou hubs, em vez de distribuí-los entre os diversos sites de células. O modelo mais proeminente é o C-RAN (Cloud RAN), no qual múltiplas Unidades de Rádio Remotas (RRUs) nos sites de células conectam-se a um pool centralizado de BBUs através de links de fronthaul de alta capacidade e baixa latência (geralmente fibra óptica). Essa consolidação permite o compartilhamento eficiente de recursos — a capacidade de processamento do BBU pode ser alocada dinamicamente às RRUs com base na demanda de tráfego em tempo real, reduzindo o excesso de provisionamento e diminuindo os custos de capital. Outro modelo é o hub regional de BBU, que atende a um grupo de sites de células próximos (por exemplo, 5 a 10 sites dentro de um raio de 10 km), equilibrando os benefícios da centralização com as restrições de latência do fronthaul. Em áreas urbanas densas, modelos hipercentralizados com grandes pools de BBUs (servindo 50+ sites) aproveitam economias de escala, enquanto regiões suburbanas ou rurais podem utilizar hubs menores e localizados para minimizar os custos de fronthaul. As principais vantagens incluem manutenção simplificada (um único local para atualizações/reparos), maior eficiência energética (sistemas de refrigeração e energia compartilhados) e coordenação aprimorada entre células (reduzindo interferências em cenários MIMO multi-célula). No entanto, esses modelos exigem redes de fronthaul robustas que suportem mais de 10 Gbps por RRU com latência inferior a 10 ms — para evitar degradação de desempenho. Também exigem softwares avançados de orquestração para gerenciar a alocação de recursos, garantindo handovers contínuos e QoS (Qualidade de Serviço) para aplicações críticas como a comunicação URLLC (Ultra-Reliable Low Latency Communication) do 5G. À medida que as redes 5G evoluem, os modelos centralizados de BBU estão cada vez mais integrados à virtualização (vBBU) e às tecnologias em nuvem, possibilitando uma escalabilidade ainda mais flexível e alinhada às estratégias de cloudificação da rede de núcleo.